Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
https://app.periodikos.com.br/journal/ean/article/doi/10.1590/2177-9465-EAN-2018-0345
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
Pesquisa

The epistemological construction of transsexuality: the science, nursing and common sense

La construcción epistemológica de la transexualidad: la ciencia, enfermería y el senso común

A construção epistemológica da transexualidade: a ciência, enfermagem e o senso comum

Janaina Pinto Janini; Rosangela da Silva Santos; Lívia Fajin de Mello dos Santos; Viviane de Melo Souza

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Abstract

Objective: To know the common sense of transsexual women in reaction to the transsexual process and to discuss the epistemological construction about the transsexuality and nursing in this process.

Method: Qualitative research, carried out between May and June 2017, with 90 transsexual women attending a specialized center.

Results: The common sense of the interviewees evidenced the transsexuality as an identity issue and not a disease, barriers to attendance in health demands and absence of the nursing professional.

Discussion: The epistemological construction of the transsexuality takes place through science, which instrumentalized the Transsexual Process Policy and does not have the knowledge presented by the common sense of the users.

Conclusion and implications for nursing practice: Science has a role to create order and practices from the refinement of common sense, but does not use the common sense of transsexual women in the epistemological construction of transsexuality, which compromises care and reinforces stereotyped and pathological character by health professionals. Science has the power to validate common sense, sedimenting the care to transsexual women, especially nursing practice. Nursing has the challenge of understanding issues related to transsexuality by articulating common sense with scientific knowledge.

Keywords

Transsexual people; Science; Knowledge; Nursing; Gender; Identity

Resumen

Objetivo: Conocer el sentido común de mujeres transexuales en reacción al proceso transexualizador y discutir la construcción epistemológica acerca de la transexualidad y de la enfermería en ese proceso.

Método: Investigación cualitativa, realizada entre mayo y junio de 2017, con 90 mujeres transexuales atendidas en centro especializado.

Resultados: El sentido común de las entrevistadas evidenció la transexualidad como una cuestión identitaria y no una enfermedad, trabas en la atención en demandas de salud y ausencia del profesional de enfermería.

Discusión: La construcción epistemológica de la transexualidad, se da por medio de la ciencia, que instrumentalizó la Política del Proceso Transexualizador y no dispone de conocimiento presentado por el sentido común de las usuarias.

Conclusión e implicaciones para la práctica de enfermería: La ciencia tiene un papel de crear orden y prácticas a partir del refinamiento del sentido común, pero no utiliza el sentido común de las mujeres transxuales en la construcción epistemológica de la transexualidad, que compromete la asistencia y refuerza el carácter estereotipado y patológico por los profesionales de salud. La ciencia tiene el poder de validar el sentido común, sedimentando la asistencia a las mujeres transexuales, en especial, la práctica de enfermería. La enfermería tiene el desafío de comprender las cuestiones relacionadas a la transexualidad articulando el sentido común con el saber científico.

Palabras clave

Personas transexuales; La ciencia; Conocimiento; Género; Identidad

Resumo

Objetivo: Conhecer o senso comum de mulheres transexuais em reação ao processo transexualizador e discutir a construção epistemológica acerca da transexualidade e da enfermagem nesse processo.

Método: Pesquisa qualitativa, realizada entre maio e junho de 2017, com 90 mulheres transexuais atendidas em centro especializado.

Resultados: O senso comum das entrevistadas evidenciou a transexualidade como uma questão identitária e não uma doença, entraves no atendimento em demandas de saúde e ausência do profissional de enfermagem.

Discussão: A construção epistemológica da transexualidade, se dá por meio da ciência, que instrumentalizou a Política do Processo Transexualizador e não dispõe de conhecimento apresentado pelo senso comum das usuárias.

Conclusão e implicações para a prática de enfermagem: A ciência tem um papel de criar ordem e práticas a partir do refinamento do senso comum, mas não utiliza o senso comum das mulheres transexuais na construção epistemológica da transexualidade, que compromete a assistência e reforça o caráter estereotipado e patológico pelos profissionais de saúde. A ciência tem o poder de validar o senso comum, sedimentando a assistência às mulheres transexuais, em especial, a prática de enfermagem. A enfermagem tem o desafio de compreender as questões relacionadas à transexualidade articulando o senso comum com o saber científico.

Palavras-chave

Pessoas transexuais; Ciência; Conhecimento; Enfermagem; Gênero; Identidade

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Submetido em:
28/12/2018

Aceito em:
02/05/2019

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