Brazilian nurses’ sociodemographic changes in the first decade of the 21st century
Enfermeros en Brasil: transformaciones socioeconómicas a principios del siglo XXI
Enfermeiros no Brasil: transformações socioeconômicas no início do século XXI
Gerson Luiz Marinho; Elisabete Pimenta Araújo Paz; Rafael Tavares Jomar; Ângela Maria Mendes Abreu
Abstract
Keywords
Resumen
Palabras clave
Resumo
Objetivo: analisar condições de renda e trabalho dos enfermeiros no Brasil em 2000 e 2010.
Método: a partir das amostras dos censos demográficos, foram descritas características socioeconômicas dos enfermeiros segundo rendimento e jornada de trabalho. Modelos estatísticos estimaram as chances (Odds Ratio) de os enfermeiros pertencerem ao grupo que, apesar de trabalhar mais de 40 horas, possuía rendimentos mais baixos.
Resultados: no Brasil, a população de enfermeiros cresceu a uma velocidade de 12,5% ao ano. Nos dois períodos, aproximadamente 11,0% dos enfermeiros recebiam os menores rendimentos e trabalhavam mais de 40 horas semanais. As chances mais expressivas de pertencerem a esse grupo foram observadas para aqueles que residiam no interior das regiões Sul e Sudeste. Também foram mais elevadas para enfermeiros de cor ou raça preta e parda, que moravam com os pais.
Conclusão e implicações para a prática: o expressivo aumento de enfermeiros ocorreu no contexto de redução das desigualdades socioeconômicas. As condições menos favoráveis de trabalho foram mais evidentes para os classificados pretos e pardos que moravam na casa dos pais. Argumentamos que os cenários descritos podem estar relacionados, dentre outros aspectos, à expansão de centros de formação universitária ao longo da primeira década do século XXI.
Palavras-chave
Referências
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Submetido em:
26/07/2018
Aceito em:
22/10/2018