Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
https://app.periodikos.com.br/journal/ean/article/doi/10.1590/2177-9465-2019-0112
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
Research

Obstetric practices performed by nurse-midwives of a hospital natural birth center

Prácticas obstétricas en centro de parto normal intrahospitalario realizadas por enfermeras obstetras

Práticas obstétricas em centro de parto normal intra-hospitalar realizadas por enfermeiras obstetras

Juliana Manoela dos Santos Freitas; Nádia Zanon Narchi; Rosa Aurea Quintella Fernandes

Downloads: 0
Views: 9

Abstract

Objectives: To characterize the practices used by nurse-midwives in a Natural Birth Center (NBC) and to verify the maternal and neonatal outcomes.

Method: This was a cross-sectional, documentary, retrospective study with a quantitative approach in which the medical records of 300 parturients who gave birth in a state hospital in the city of São Paulo were analyzed. The categories of the World Health Organization (WHO) composed the criteria adopted for the analysis of the obstetric practices. Fisher's exact test or the likelihood ratio and Student t-test were used.

Results: The nurse-midwives mostly used category A practices of the WHO. There were no statistically significant associations between practices and perineal outcomes. There was a statistically significant association between the weight of the newborn and the number of neonatal complications, as well as between the delivery position of the primiparous women and clavicle fractures of the newborns.

Conclusion and Implications for the practice: Evidence-based practices were followed by the nurse-midwives in the NBC analyzed. The maternal and neonatal outcomes were adequate. There is a need to improve care in the second stage of the delivery in order to avoid behaviors that reflect in neonatal complications. The study makes it possible to reflect on the importance of the continuous evaluation of the care provided.

Keywords

Childbirth care; Women's health; Natural birth; Labor; Nurse-midwives

Resumen

Objetivos: Caracterizar las prácticas utilizadas por las enfermeras obstetras en un Centro de Parto Normal (CPN) y verificar los resultados maternos y neonatales.

Método: Estudio transversal, documental, retrospectivo, con abordaje cuantitativo, en el cual fueron analizados prontuarios de 300 parturientas que dieron a luz en hospital público de la ciudad de São Paulo. Los criterios adoptados para el análisis de las prácticas obstétricas fueron las categorías de la Organización Mundial de la Salud (OMS). Fueron utilizadas las pruebas, exacto de Fisher o razón de verosimilitud (Likelihood Ratio) y t-Student.

Resultados: Las enfermeras obstetras utilizaron mayoritariamente las prácticas de la categoría A de la OMS. No hubo diferencia estadísticamente significativa en las asociaciones entre las prácticas y los resultados perineales. Se observó una diferencia estadísticamente significativa entre el peso del recién nacido y el número de intercurrencias neonatales, así como entre las posiciones de parto de las primíparas con la fractura de clavícula de los recién nacidos.

Conclusión e Implicaciones para la práctica: Las prácticas basadas en evidencias son seguidas por las enfermeras obstetras en el CPN analizado. Los resultados maternos y neonatales se mostraron adecuados. Es necesario mejorar la asistencia en el segundo período del parto para evitar conductas que reflejen en las interacciones neonatales. El estudio posibilita la reflexión sobre la importancia de la evaluación continuada de la asistencia prestada.

Palabras clave

Asistencia al parto; Salud de la mujer; Parto normal; Trabajo de Parto; Enfermeras Obstétricas

Resumo

Objetivos: Caracterizar as práticas utilizadas pelas enfermeiras obstetras em um Centro de Parto Normal (CPN) e verificar os desfechos maternos e neonatais.

Método: Estudo transversal, documental, retrospectivo, com abordagem quantitativa. Analisaram-se prontuários de 300 parturientes que deram à luz em hospital estadual da cidade de São Paulo. Os critérios adotados para a análise das práticas obstétricas foram as categorias da Organização Mundial da Saúde (OMS). Utilizaram-se os testes exatos de Fisher ou razão de verossimilhança (Likelihood Ratio) e t-Student.

Resultados: As enfermeiras obstetras utilizaram majoritariamente as práticas da categoria A da OMS. Não houve diferença estatisticamente significativa nas associações entre as práticas e os desfechos perineais. Houve diferença estatisticamente significativa entre o peso do recém-nascido e o número de intercorrências neonatais e entre as posições de parto das primíparas com a fratura de clavícula dos recém-nascidos.

Conclusão e Implicações para a prática: As práticas baseadas em evidências são seguidas pelas enfermeiras obstetras no CPN analisado. Os desfechos maternos e neonatais mostraram-se adequados. Há necessidade de melhorar a assistência no segundo período do parto, evitando condutas que reflitam em intercorrências neonatais. O estudo possibilita a reflexão sobre a importância da avaliação continuada da assistência prestada.

Palavras-chave

Assistência ao parto; Saúde da mulher; Parto Normal; Trabalho de Parto; Enfermeiras Obstétricas

References

1 Narchi NZ, Cruz EF, Gonçalves R. The role of midwives and nurse-midwives in promoting safe motherhood in Brazil. Ciên Saúde Colet [Internet]. 2013 abr; [cited 2019 mai 18]; 18(4):1059-68. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232013000400019

2 Pereira ALF, Lima TRL, Schroeter MS, Gouveia MSF, Nascimento SD. Resultados maternos e neonatais da assistência em casa de parto no município do Rio de Janeiro. Esc Anna Nery [Internet]. 2013 mar; [cited 2018 oct 30]; 17(1):17-23. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452013000100003

3 Silva FMB, Paixão TCR, Oliveira SMJV, Leite JS, Riesco MLG, Osava RH. Assistência em um centro de parto segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2013 oct; [cited 2018 oct 30]; 47(5):1031-8. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420130000500004

4 Portaria n. 985 de 05 de agosto de 1999 (BR). Cria o Centro de Parto Normal-CPN, no âmbito do Sistema Único de Saúde/SUS, para o atendimento à mulher no período gravídico-puerperal. Diário Oficial da União [Internet], Brasília (DF). 05 ago 1999 [cited 2018 dec 13]. Available from: http://www.saude.sp.gov.br/resources/humanizacao/biblioteca/leis/parto-e-nascimento/portaria_985_1999_cpn.pdf

5 Schneck CA, Riesco MLG, Bonadio IC, Diniz CSG, Oliveira SMJV. Resultados maternos e neonatais em um centro de parto peri-hospitalar e hospitais. Rev Saúde Pública [Internet]. 2012 fev; [cited 2018 oct 30]; 46(1):77-86. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102012000100010

6 Rocha FR, Melo MC, Medeiros GA, Pereira EP, Boeckmann LMM, Dutra LMA. Análise da assistência ao binômio mãe-bebê em centro de parto normal. Cogitare Enferm [Internet]. 2017; [cited 2018 oct 30]; 22(2):e49228. Available from: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v22i2.49228

7 Kuliukas L, Duggan R, Lewis L, Hauck Y. Women's experience of intrapartum transfer from a Western Australian birth centre co-located to a tertiary maternity hospital. BMC Pregnancy Childbirth [Internet]. 2016 feb; [cited 2018 dec 13]; 16:33. Available from: https://doi.org/10.1186/s12884-016-0817-z

8 Overgaard C, Møller AM, Fenger-Grøn M, Knudsen LB, Sandall J. Freestanding midwifery unit versus obstetric unit: a matched cohort study of outcomes in low-risk women. BMJ Open [Internet]. 2011; [cited 2018 dec 13]; 1:e000262. Available from: http://dx.doi.org/10.1136/bmjopen-2011-000262

9 Leal MC, Pereira APE, Domingues RMSM, Theme Filha MM, Dias MAB, Nakamura-Pereira M, et al. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual. Cad Saúde Pública [Internet]. 2014; [cited 2018 oct 30]; 30(Suppl 1):S17-S32. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151513

10 United Nations Population Fund (USA). UNFPA Maternal Mortality Update 2006. Expectation and Delivery: Investing in Midwives and Others with Midwifery Skills [Internet]. New York: UNFPD; 2007; [cited 2018 dec 13]. Available from: https://www.unfpa.org/sites/default/files/pub-pdf/mm_update06_eng.pdf

11 United Nations Population Fund (USA). Towards MDG 5: Scaling up the capacity of midwives to reduce maternal mortality and morbidity. Workshop Report [Internet]. New York: UNFPA; 2006 mar; [cited 2018 dec 13]. Available from: https://www.unfpa.org/sites/default/files/resource-pdf/midwives_mm.pdf

12 Hodnett ED, Gates S, Hofmeyr GJ, Sakala C, Weston J. Continuous support for women during childbirth. Cochrane Database Syst Rev [Internet]. 2011 feb; [cited 2019 mai 18]; (2):CD003766. Available from: https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD003766.pub6

13 World Health Organization (WHO). Care in normal birth: a practical guide. Geneva: WHO; 1996.

14 Portaria n. 11 de 07 de janeiro de 2015 (BR). Redefine as diretrizes para implantação e habilitação de Centro de Parto Normal (CPN), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), para o atendimento à mulher e ao recém-nascido no momento do parto e do nascimento, em conformidade com o Componente PARTO E NASCIMENTO da Rede Cegonha, e dispõe sobre os respectivos incentivos financeiros de investimento, custeio e custeio mensal. Diário Oficial da União [Internet], Brasília (DF). 07 jan 2015 [cited 13 dec 2018]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt0011_07_01_2015.html

15 Dodou HD, Rodrigues DP, Guerreiro EM, Guedes MVC, Lago PN, Mesquita NS. A contribuição do acompanhante para a humanização do parto e nascimento: percepções de puérperas. Esc Anna Nery [Internet]. 2014; [cited 2019 mar 7]; 18(2):262-9. Available from: http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20140038

16 Fucks IS, Soares MC, Kerber NPC, Meincke SMK, Escobal APL, Bordignon SS. A sala de parto: o contato pele a pele e as ações para o estímulo ao vínculo entre mãe-bebê. Rev Enferm [Internet]. 2015 jan; [cited 2019 mar 7]; 33(1):29-37. Available from: http://dx.doi.org/10.15446/av.enferm.v33n1.47371

17 Guinsburg R, Almeida MFB. Reanimação do recém-nascido <34 semanas em sala de parto: Diretrizes 2016 da Sociedade Brasileira de Pediatria [Internet]. 2016 jan; [cited 2018 jul 13]. Available from: http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/DiretrizesSBPReanimacaoPrematuroMenor34semanas26jan2016.pdf

18 Mafetoni RR, Shimo AKK. Métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto: revisão integrativa. REME [Internet]. 2014 abr/jun; [cited 2018 jul 13]; 18(2):505-12. Available from: http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20140037

19 Mosquera Pan P, Onandia Garate M, Luces Lago AM, Tizón Bouza E. Inmersion in hot water: a natural helper in labor. Rev Enferm. 2016 jan;39(1):25-30.

20 Henrique AJ, Gabrielloni MC, Cavalcanti ACV, Melo PS, Barbieri M. Hidroterapia e bola suíça no trabalho de parto: ensaio clínico randomizado. Acta Paul Enferm [Internet]. 2016 dez; [cited 2018 jul 13]; 29(6):686-92. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201600096

21 Smith CA, Levett KM, Collins CT, Jones L. Massage, reflexology and other manual methods for pain management in labour. Cochrane Database Syst Rev [Internet]. 2012 feb; [cited 2018 jul 13]; (2):CD009290. Available from: https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD009290.pub3

22 Côrtes CT, Santos RCS, Caroci AS, Oliveira SG, Oliveira SMJV, Riesco MLG. Metodologia de implementação de práticas baseadas em evidências científicas na assistência ao parto normal: estudo piloto. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2015 oct; [cited 2018 jul 13]; 49(5):716-25. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420150000500002

23 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal. Relatório de recomendação. Brasília (DF): Ministério da Saúde [Internet]; 2016 jan; [cited 2018 dec 13]. Available from: http://conitec.gov.br/images/Consultas/2016/Relatorio_Diretriz-PartoNormal_CP.pdf

24 Elvander C, Ahlberg M, Thies-Lagergren L, Cnattingius S, Stephansson O. Birth position and obstetric anal sphincter injury: a population-based study of 113 000 spontaneous births. BMC Pregnancy Childbirth [Internet]. 2015 oct; [cited 2018 jul 13]; 15:252. Available from: https://doi.org/10.1186/s12884-015-0689-7

25 Gupta JK, Hofmeyr GJ, Shermar M. Position in the second stage of labour for women without epidural anaesthesia. Cochrane Database Syst Rev [Internet]. 2012 may; [cited 2018 jul 13]; 16(5):CD002006. Available from: https://doi.org/10.1002/14651858.CD002006.pub3

26 Organização Mundial da Saúde (OMS). Recomendações da OMS para a prevenção e tratamento da hemorragia pós-parto. Genebra: OMS; 2014; [cited 2018 dec 13]. Available from: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/75411/9789248548505_por.pdf?sequence=12

27 Nogueiro EPSP. Aquisição de competências: contributos de uma revisão integrativa sobre a amniotomia precoce para a gestão do primeiro período de trabalho de parto [dissertação]. Porto (Portugal): Escola Superior de Enfermagem do Porto; 2014.

28 Hidalgo-Lopezosa P, Hidalgo-Maestre M, Rodríguez-Borrego MA. Labor stimulation with oxytocin: effects on obstetrical and neonatal outcomes. Rev Latino-Am Enferm [Internet]. 2016; [cited 2018 jul 13]; 24:e2744. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.0765.2744

29 Frigo J, Cagol G, Zocche DA, Zanotelli SS, Rodrigues RM, Ascari RA. Episiotomy: (un) knowledge about the procedure under the perspective of woman. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research [Internet]. 2014 mar/mai; [cited 2018 dec 13]; 6(2):5-10. Available from: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20140403_200543.pdf

30 Riesco MLG, Costa ASC, Almeida SFS, Basile ALO, Oliveira SMJV. Episiotomia, laceração e integridade perineal em partos normais: análise de fatores associados. Rev Enferm UERJ [Internet]. 2011 jan/mar; [cited 2018 dec 13]; 19(1):77-83. Available from: http://www.facenf.uerj.br/v19n1/v19n1a13.pdf

31 Jiang H, Qian X, Carroli G, Garner P. Selective versus routine use of episiotomy for vaginal birth. Cochrane Database of Systematic Reviews [Internet]. 2017 feb; [cited 2018 dec 7]; 8(2):CD000081. Available from: http://dx.doi.org/10.1002/14651858.CD000081.pub3

32 Zanardo GLP, Uribe MC, Nadal AHR, Habigzang LF. Violência obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa. Psicol Soc [Internet]. 2017; [cited 2018 dec 7]; 29:e155043. Available from: https://dx.doi.org/10.1590/1807-0310/2017v29155043

33 Karahanoglu E, Kasapoglu T, Ozdemirci S, Fadıloglu E, Akyol A, Demirdag E, et al. Risk factors for clavicle fracture concurrent with brachial plexus injury. Arch Gynecol Obstet [Internet]. 2016 apr; [cited 2018 dec 7]; 293(4):783-7. Available from: https://doi.org/10.1007/s00404-015-3917-5

34 Ahn ES, Jung MS, Lee YK, Ko SY, Shin SM, Hahn MH. Neonatal clavicular fracture: recent 10 year study. Pediatr Int [Internet]. 2014 sep; [cited 2018 dec 7]; 57(1):60-3. Available from: https://doi.org/10.1111/ped.12497

35 Lurie S, Wand S, Golan A, Sadan O. Risk factors fractures clavicle in the newborn. J Obstet Gynaecol Res. [Internet]. 2011 jul; [cited 2018 dec 7]; 37(11):1572-4. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1447-0756.2011.01576.x

36 Iskender C, Kaymak O, Erkenekli K, Ustunyurt E, Uygur D, Yakut HI, et al. Neonatal injury at cephalic vaginal delivery: a retrospective analysis of extent of association with shoulder dystocia. PLoS One [Internet]. 2014 aug; [cited 2018 dec 7]; 9(8):e104765. Available from: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0104765

37 World Health Organization (WHO). WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. Geneva: World Health Organization; 2018; [cited 2018 dec 13]. Available from: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/260178/9789241550215-eng.pdf?sequence=1
 


Submitted date:
04/12/2019

Accepted date:
06/11/2019

682236caa9539520d9027306 ean Articles

Esc. Anna Nery

Share this page
Page Sections